Você já deve ter ficado na dúvida na hora de escolher um disjuntor para sua casa ou empresa. Você olha, olha, olha de novo e tudo parece ser igual, certo? Pois é. Muita gente passa pela mesma coisa que você e não sabe a quem correr para tirar as dúvidas. Pensando nisso, a PYROTEC separou algumas dicas simples para você ter muito mais certeza na hora de escolher seus próximos disjuntores.
Qual a diferença entre disjuntor e fusível?
A diferença é grande. Apesar de ambos protegerem contra correntes de curto circuito e sobrecarga, o fusível é descartável. O disjuntor, por sua vez, apenas desarma, bastando acioná-lo novamente para que se volte ao trabalho. De modo contrário, quando ocorre sobrecarga no fusível, ele se queima e precisa ser substituído.
Quais os tipos?
Existem vários tipos de disjuntor, para os mais diversos usos e adaptados para suportar as mais diversas correntes e picos de energia (falaremos sobre isso mais pra frente). Os principais tipos são:
monopolar
Para instalações e circuitos que possuem apenas uma fase, como circuitos de iluminação e tomadas em sistemas monofásicos fase/neutro, tanto para 127V.
bipolar
Para circuitos ou instalações com duas fases ou fase e neutro (para ambas tensões 110V ou 220V), como circuitos com chuveiros, torneiras elétricas entre outros.
tripolar
Para instalações e circuitos com três fases, como circuitos com motores elétricos trifásicos.
magnético
Os disjuntores magnéticos também protegem os equipamentos elétricos contra sobrecargas e curtos-circuitos, possuindo uma precisão muito maior.
térmico
Este tipo possui uma tecnologia capaz de interromper o circuito elétrico assim que detecta uma elevação anormal da temperatura. Sendo assim, são utilizados para prevenir que os cabos do sistema se incendeiem ou trabalhem com sobrecarga de temperatura durante longos períodos, aumentando a vida útil do mesmo.
termomagnético
Este disjuntor une as qualidades dos disjuntores térmicos e magnéticos, sendo muito utilizados nas instalações elétricas residenciais e comerciais. As vantagens deste disjuntor é que ele pode ser usado para manobras de ligar e desligar os circuitos, além de proteger contra aquecimentos, curtos circuitos e sobrecargas.
Disjuntor de corrente alternada ou contínua?
Por serem mais baratos, muita gente acaba optando por colocar disjuntores de corrente alternada em toda a instalação, mas isso pode ser perigoso e causar inclusive incêndios. Isso porque, no caso da necessidade do desligamento da chave onde há um aparelho em funcionamento, a câmara de extinção dos disjuntores AC (Corrente alternada), são mais simples do que os daqueles utilizados em disjuntores DC (Corrente contínua), não fazendo a extinção completa da corrente e gerando uma faísca que pode iniciar uma ignição.
Sendo assim, saiba sempre quais disjuntores precisam ser de corrente contínua em suas instalações e compre aqueles que atendem as demais especificações. Para isso, é interessante ler a próxima parte do texto.
Saiba ler o disjuntor
Pode parecer óbvio, mas muita gente não tem ideia disso: os disjuntores mais comuns, como os de uso domiciliar, têm uma letra seguida de um número perto da chave. As letras podem ser B, C ou D, enquanto os números podem variar muito. O importante é saber que as letras dizem respeito à curva e os números dizem a corrente padrão de trabalho do aparelho.
Você deve estar se perguntando agora: “Tá, mas e aí?”. Calma, vamos explicar melhor. Começando pela amperagem, ou melhor, a corrente e, pra explicar isso, vamos tomar o exemplo de um rio. Quando falamos que a correnteza é forte, isso significa que a quantidade de água que se movimenta é muita e de maneira rápida, certo? O mesmo acontece quando falamos da corrente elétrica. Sendo assim, o seu disjuntor diz, pelos números impressos após a letra, o quanto ele aguenta desta corrente de maneira constante. Aí, seguindo a lógica, quanto maior a numeração, mais capacidade.
As letras, por sua vez, dizem o quanto além desta corrente constante ele aguenta sem cair, a chamada “curva”, e o padrão funciona da seguinte forma, tomando como exemplo um disjuntor de 10 ampéres:
B = de 3 a 5 vezes o número da corrente (de 30A a 50A)
C = de 5 a 10 vezes o número da corrente (de 50A a 100A)
D = de 10 a 20 vezes o número da corrente (de 100A a 200A)
E por que a curva do disjuntor é importante?
Justamente para saber qual utilizar. Numa casa, por exemplo, onde o chuveiro elétrico pode ter picos de corrente, ele não cai na hora do seu banho. Para isso, basta que o equipamento seja do tipo B, já que, embora os picos sejam altos, não ultrapassam 5 vezes o número padrão.
Motores leves, no entanto, como o de piscinas ou de máquinas de marcenaria, podem precisar de disjuntores com a Curva C, já que a sua partida depende de um pico de corrente mais alta, que depois é estabilizada. O tipo D, por sua vez, é indicado para motores pesados, como os das indústrias.
O que é disjuntor motor? E minidisjuntor?
Os disjuntores-motores são dispositivos utilizados em projetos elétricos de máquinas e acionamentos industriais. Eles podem ser entendidos como disjuntores termomagnéticos adaptados, já que têm características especiais que os disjuntores comuns não possuem, e são especialmente aplicados em motores, para comandos de motores elétricos, sempre trifásicos.
A vantagem na utilização de disjuntores-motores é a partida em tensão plena, superando de 8 a 10 vezes a corrente nominal de um motor, mesmo com alto conjugado de partida. Este tipo de disjuntor é fabricado para suportar a sobrecarga momentânea durante a partida, sem prejudicar a proteção eficiente do circuito.
Já os minidisjuntores são aqueles que têm capacidade de interrupção de pequenos valores de corrente, que mudam de acordo com o fabricante, mas que em geral possuem faixas de atuação de 2A até 125A. Junto disso, sua capacidade de suportar pequenos valores de corrente de curto-circuito variam de 3kA até 20kA. Quanto menor a capacidade de interrupção de curto-circuito, mais barato é o disjuntor.
Mais utilizado em circuitos terminais de instalações elétricas, eles não são recomendados para a proteção de motores, uma vez que podem desligar instantaneamente durante a corrente de partida do motor se for subdimensionado. Caso o valor da corrente nominal do disjuntor aumente, em caso de sobrecarga no motor, ele não atuará.
Escolha certo com a PYROTEC
Nós trabalhamos com uma das marcas de disjuntores com mais qualidade e variedade do mercado, a EATON. Seja em minidisjuntores ou disjuntores-motores, você encontra aquilo que precisa para garantir o correto funcionamento e a segurança para as suas operações. Quer conhecer melhor o portfólio da empresa? Entre em contato com o nosso atendimento e escolha certo.
Conclusão
Saber o modelo correto a ser utilizado, a corrente suportada, a curva e todos os outros fatores é fundamental para uma instalação segura, funcional e operante. Pagar um pouco mais pela opção certa pode evitar muitos problemas, desde paradas inesperadas até incêndios. Se precisar, releia este artigo e compre os seus disjuntores EATON com a PYROTEC.